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*as opiniões expressas são responsabilidade do autor e não vinculam a ESSCVP-Lisboa
Vivemos hoje um período de grandes incertezas, dúvidas, em que questionamos a vários níveis a nossa capacidade para responder a estímulos tão diferentes dos habituais. De facto, habituámo-nos a uma liberdade, conquistada há muito, que nos permitia ir e fazer o que nos apetecesse e o que fosse necessário para cumprir os nossos objetivos e propósitos, como se não houvesse limites.
Hoje, somos forçados a refletir, sobre a diferença entre o que precisamos e o que queremos, entre o que gostávamos de fazer e o que podemos fazer... Por um bem maior do que nós, para um bem comum a todos, não por vontades ou objetivos pessoais. Somos hoje forçados a sair da nossa zona de conforto, a encontrar soluções para problemas que nem sabíamos que existiam, a encontrar saídas que nos conduzem a outras vias, vias essas que abriram uma espécie de universo paralelo onde nos vemos a fazer e a priorizar coisas que até há pouco tempo nem conhecíamos a existência...
“Tudo o que não nos mata torna-nos mais fortes”, diz a sabedoria popular, e é dessa forma que julgo que devemos olhar para o futuro. Mais fortes, mais capazes, mais unidos, mais conscientes do “outro” e do “eu”, mais conscientes de que as nossas ações influenciam a vida dos que nos rodeiam, mais solidários, de uma forma geral... seremos “mais” ... Em Osteopatia costumamos dizer que o “individuo é maior do que a soma das suas partes”, penso que esta forma de olhar o outro faz mais sentido do que nunca...
Sílvia Gomes
Professora Coordenadora da Área de Ensino de Osteopatia
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa - Lisboa