Área de Enfermagem colaborou no rastreio ao Cancro do Intestino com a Europacolon Portugal

 

A Área de Enfermagem colaborou com a Europacolon Portugal no rastreio ao Cancro do Intestino na comunidade afrodescendente, através de uma Unidade Móvel que passou por diversos bairros do Município da Amadora. Na iniciativa participaram alunos da área, bem como a Professora Maria Pires, Especialista em Saúde Comunitária e Saúde Pública. O Presidente da Europacolon Portugal, Vítor Neves, também marcou presença na iniciativa de sucesso.

 

Dados da American Cancer Society revelam que os afro-americanos têm mais 20% de probabilidade de desenvolver cancro colorretal. Em Portugal, morrem 12 pessoas por dia e todos os anos são diagnosticados mais de 11 mil novos casos, existem cerca de 80.000 doentes ativos e 50% da população ainda desconhece os sintomas. Este é o panorama atual de uma doença que continua a matar, principalmente pessoas de etnia africana, que de acordo com a American Cancer Society têm uma probabilidade de morte aumentada em 40% face a outras etnias 1,2.

 

Na Europa ainda não existem dados relevantes, pelo que este projeto será um ponto de partida. Consciente da realidade e da importância do diagnóstico atempado, a Europacolon Portugal levou a cabo uma iniciativa de saúde pública, que visa combater a desigualdade no acesso ao rastreio do cancro do intestino, direcionando os seus esforços para a comunidade afrodescendente em Portugal. “Um dos objetivos passou por sensibilizar para a doença e sua prevenção, uma vez que em 90% dos casos, se detetado precocemente, o cancro do intestino pode ser estabilizado. Um diagnóstico feito a tempo, salva vidas!” afirma Vitor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.

 

Por outro lado, é muito importante divulgar que existem barreiras que contribuem para o desconhecimento sobre o cancro colorretal. Entre elas estão:

 

  •  O medo de fazer uma colonoscopia e de sair do consultório com uma notícia negativa. Mas a verdade é que quanto mais cedo se fizer o diagnóstico, maior a hipótese de existir um tratamento que estabiliza a doença!

 

  • A falta de confiança no médico ou no sistema de saúde, é outro fator que impede as pessoas de ter um diagnóstico atempado e, logo, mais hipóteses demtratamento;

 

  • A exclusão, a Europacolon Portugal considera que o acesso aos cuidados de saúde deve ser para todos, não deixando de parte as populações mais vulneráveis;

 

  • A vergonha, pelo facto de a doença envolver uma parte do corpo pouco falada.
ESSCVP Notícia