54,7% dos participantes no Rastreio Carotídeo refere ter uma alimentação equilibrada

 

No âmbito do Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), os alunos do 17º Curso da Licenciatura em Cardiopneumologia realizaram, no passado dia 29 de outubro, um rastreio da doença carotídea, bem como uma ação de sensibilização para a primeira causa de mortalidade e morbilidade em Portugal.

 

 

"...19 tinham antecedentes familiares de AVC e 8 apresentavam fatores de risco vasculares."

 

 

Participaram 53 voluntários, dos quais apenas 3 eram profissionais, sendo os restantes estudantes de diferentes cursos. Do ponto visto de caracterização, 41 participantes eram do sexo feminino, com média de idade de 21,77 anos (17 - 53 anos). Da amostra em estudo, 19 tinham antecedentes familiares de AVC e 8 apresentavam fatores de risco vasculares. Nos participantes sem antecedentes familiares conhecidos, 10 referiram ter alguns fatores de risco vasculares. Dos fatores de risco modificáveis salienta-se a presença de hipertensão arterial, diabetes, obesidade, tabagismo e colesterol elevado, sendo que apenas 3 participantes eram fumadores.

 

 

"...54,7% referiram ter uma alimentação equilibrada (rica em frutas e vegetais, baixa em gorduras, ingestão frequente de água - 6 a 7 vezes por dia.)"

 

 

Pela aplicação de um pequeno inquérito verificou-se que 54,7% referiram ter uma alimentação equilibrada (rica em frutas e vegetais, baixa em gorduras, ingestão frequente de água - 6 a 7 vezes por dia). A prática regular de atividade física foi referida por 29 participantes (exercício cerca de 3 vezes por semana), com um índice de massa corporal médio de 22,49 Kg/m2, o que corresponde a um peso normal, no entanto referente apenas a 39 participantes.

 

 

"...81,1% desconhecem os 3 sinais de alerta de AVC..."

 

 

No âmbito do rastreio carotídeo foi realizada uma avaliação da literacia em AVC com recurso a um pequeno questionário, após obtenção de consentimento informado. Dos 53 participantes, 81,1% desconhecem os 3 sinais de alerta de AVC: dificuldade em falar, boca ao lado e falta de força no membro. Os apelidados 3 F’s: Fala, Face e Força.

 

Conforme o objetivo da atividade, os estudantes do 3º ano de Cardiopneumologia da Unidade Curricular de Ultrassonologia Vascular II realizaram o ensino dos sinais de alerta, contextualização da patologia cerebrovascular e dos respetivos fatores de risco vasculares, com especial enfoque na medição regular da pressão arterial.

 

De salientar que após o ensino dos 3 F’s, 52,8% dos participantes referiram que na presença de 1 dos sinais de alertas entrariam de imediato em contacto com o número europeu de emergência,112.

 

Apesar da elevada prevalência de aterosclerose carotídea na população, responsável por 10% a 20% dos AVC’s isquémicos, e uma vez que a nossa amostra era constituída essencialmente por jovens universitários, não foi documentada doença carotídea relevante.

 

O que ficou da atividade dinamizada?

 

  • Adesão elevada de jovens universitários ao rastreio
  • Alimentação equilibrada e prática de exercício físico regular entre os participantes
  • Número reduzido de fumadores entre os voluntários
  • Mais 53 indivíduos com conhecimento dos 3 sinais de alerta de AVC

 

Na presença de forma súbita de alteração da Fala, Face e Força contacte de imediato 112!
 

ESSCVP Notícia